TDAH
Ser TDAH é ter tantas ideias, cujo
espaço da mente fica pequeno para tanta coisa. É ter a mente colorida.
É ter pensamentos na velocidade da luz.
É tentar fazer seu próprio corpo seguir
o ritmo de sua mente, mesmo que a exaustão esteja batendo a porta.
É transformar qualquer coisa em energia
e ter que gastá-la a qualquer custo, não parando um segundo sequer, pois parece
que fora injetado uma dose alta de mais de açúcar diretamente em suas veias.
É ter empatia com o menor dos seres.
É ter tanto amor para dar que não cabe
no peito e ter, por causa disso, pequenos momentos de fraqueza de partir o
coração de quem estiver olhando.
É ser bipolar e, nessas crises, sentir
que o mundo não é o seu lugar, sentir que ninguém lhe compreende.
É não conseguir focar a sua atenção por
mais de 3 minutos em algo que não lhe agrada.
É estar tentando se concentrar nos
estudos, mas parar para ver uma mísera formiguinha caminhando no chão.
É não ter medo de mostrar a todos suas
ideias, mesmo que o mundo lhe ache louco por isso.
É ser como Einstein, Walt Disney, Steve
Jobs, Pablo Picasso, Bill Gates e Michael Phelps.
É remar contra a maré.
É ter que fazer visitas regulares a
neurologistas, psicólogos e psicopedagogos, para que sejam estimulados seus
pensamentos e aprimorada sua concentração.
Mas, acima de tudo, é ser gente como a
gente.
É gostar de jogar bola, andar de
bicicleta, empinar pipa e brincar de pega-pega.
É se lambuzar com chocolate, se sujar
de tinta e rolar na terra.
É ser criança.
É ser feliz a sua maneira.
É mostrar para todos que, mesmo que vivam no mundo da lua, eles são
tão capazes de coisas grandiosas como qualquer outro.
É, simplesmente, ter Transtorno de
Déficit de Atenção e Hiperatividade. É ser TDAH.
Larissa Cunico
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